No
quadro do Você Escolhe desta semana, o tema escolhido foi: Peças Importantes do
Memorial Cristo Rei. Dentre as diversas peças de acervo guardadas, elencamos
duas para serem apresentadas a vocês: a coruja e o esculápio.
As
peças, símbolos de dois grandes cursos da Universidade Federal do Maranhão, são
objetos de importante valor histórico para a Filosofia e a Medicina.
A
coruja é um dos artefatos mais belos do Memorial. Foi ofertada à primeira
turma de Filosofia (1953), da antiga Faculdade de Filosofia de São Luís, pelo
professor Mário Meirelles (um dos idealizadores e fundadores da Faculdade), no
qual estava nesta turma José Maria Ramos Martins (ex-reitor da UFMA no período
de 1975-1979). Em 1993, a peça de porcelana rendada veio para o Memorial Cristo
Rei para compor o acervo histórico da Universidade.
Entenda um pouco mais sobre a coruja como símbolo da Filosofia
Dois
motivos foram apresentados para justificar a coruja como o símbolo da Filosofia.
Um nos remonta a mitologia grega, na história da deusa Athena, e outra se refere
as características físicas. Segundo
as histórias, Athena (na mitologia romana chama-se Minerva), deusa da
sabedoria, das ciências e das artes, era patrona da cidade de Atenas e possuía
como mascote uma coruja. A construção da coruja como símbolo da Filosofia
partiu da associação da coruja com a deusa da sabedoria, sendo consolidada a
partir da reflexão do filósofo Hegel (1770-1831), que pronunciou a seguinte
frase: “[...] assim como a coruja de
Minerva (Athena) levanta vôo ao entardecer, a filosofia somente avança sobre a
história humana desde que ela tenha ocorrido”. Isso nos remonta a ideia de que a
filosofia se pronuncia com a razão após o acontecer dos fatos da história e da
cultura.
Outro motivo muito relevante, refere-se a questão
física do animal. A coruja é caracterizada por ser muito observadora. Possui
uma visão muito apurada que ajuda na captura de presas, sendo sua capacidade
150 vezes melhor que a do ser humano. Além disso, dota da habilidade de fazer o giro
cabeça quase que completamente, possuindo uma área de observação de quase 360º.
Dessa forma, ambos os motivos favorecem para que a coruja passasse
a ser o símbolo da Filosofia, pois assim como o animal, ela também é
observadora e vê além do óbvio.
Saiba mais sobre esse símbolo da
Medicina
Considerado o deus da medicina e da cura da mitologia greco-romana,
Esculápio não faz parte do Panteão das divindades olímpicas, entretanto, se
tornou umas das divindades mais populares do mundo antigo.
A sua história acabou por se tornar mito e, entre os vários e
possíveis, está que ele teria sido gerado através de uma relação entre um
deus (Apolo) e uma ninfa mortal (Corônis), seu nascimento fora de cesariana e nesse parto sua mãe não resistira, chegando a falecer. Foi levado e criado por
um centauro, o qual o ensinou a artes de caça e da cura. Com uma capacidade bem
avançada em cirurgias e curas, em dado momento, conseguira trazer de volta a
vida os mortos, tal fato não foi bem visto aos olhos de Zeus, esse, acreditava
que a imortalidade dos deuses estava de certa forma ameaçada, e o puniu,
matando-o com um raio. Com o pedido de Apolo, foi habitar a constelação de
Ophiuchus, a portadora da serpente.
Texto: ASCOM-MCR
Fotos: Marcus Elicius
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