TRADUTOR

HISTÓRICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA
A Universidade Federal do Maranhão tem sua origem na antiga Faculdade de Filosofia de São Luís do Maranhão, fundada em 1953, por iniciativa da Academia Maranhense de Letras, da Fundação Paulo Ramos e da Arquidiocese de São Luís. Embora inicialmente sua mantenedora fosse aquela Fundação, por força da Lei Estadual n.º 1.976 de 31/12/1959 dela se desligou e, posteriormente, passou a integrar a Sociedade Maranhense de Cultura Superior- SOMACS, que fora criada em 29/01/1956 com a finalidade de promover o desenvolvimento da cultura do Estado, inclusive criar uma Universidade Católica.

A Universidade então criada, fundada pela SOMACS em 18/01/1958 e reconhecida como Universidade livre pela União em 22/06/1961, através do Decreto n.º 50.832, denominou-se Universidade do Maranhão, sem a especificação de católica no seu nome, congregando a Faculdade de Filosofia, a Escola de Enfermagem 'São Francisco de Assis' (1948), a Escola de Serviço Social (1953) e a Faculdade de Ciências Médicas (1958).

Posteriormente, o então Arcebispo de São Luís e Chanceler da Universidade, acolhendo sugestão do Ministério da Educação e Cultura, propõe ao Governo Federal a criação de uma Fundação oficial que passasse a manter a Universidade do Maranhão, agregando ainda a Faculdade de Direito (1945), a Escola de Farmácia e Odontologia (1945) - instituições isoladas federais e a Faculdade de Ciências Econômicas (1965) - instituição isolada particular.

Assim foi instituída, pelo Governo Federal, nos termos da Lei n.º 5.152, de 21/10/1966 (alterada pelo Decreto Lei n.º 921, de 10/10/1969 e pela Lei n.º 5.928, de 29/10/1973), a Fundação Universidade do Maranhão – FUM, com a finalidade de implantar progressivamente a Universidade do Maranhão.

A administração da Fundação Universidade do Maranhão ficou a cargo de um Conselho Diretor, composto de seis membros titulares e dois suplentes, nomeados pelo Presidente da República, que entre si elegeram seu primeiro Presidente e Vice-Presidente.
O primeiro Conselho Diretor, a quem coube as providências preliminares da implantação da Universidade, foi assim constituído: Prof. Clodoaldo Cardoso, Presidente; Prof. Raymundo de Mattos Serrão, Vice-Presidente; Cônego José de Ribamar Carvalho, Prof. José Maria Cabral Marques, Dr. José Antonio Martins de Oliveira Itapary e Sr. Francisco Guimarães e Souza (substituído, por renúncia, pelo Prof. Orlando Lopes Medeiros) e suplentes Cônego Benedito Ewerton Costa e Prof. Joaquim Serra Costa.

O Decreto n.º 59.941, de 06/01/1967, aprovou o Estatuto da Fundação, cuja criação se formalizou com a escritura pública de 27/01/1967, registrada no cartório de notas do 1º Ofício de São Luís. Por fim, em lista tríplice votada pelo Conselho Universitário, foram eleitos, pelo Conselho Diretor, os primeiros dirigentes da nova Universidade, cuja posse se realizou no dia 01/05/1967. Foram eles o Prof. Pedro Neiva de Santana, Reitor; o Prof. Mário Martins Meireles, Vice-Reitor Administrativo e o Cônego José de Ribamar Carvalho, Vice-Reitor Pedagógico, isso de conformidade com o projeto do Estatuto da Universidade, já aprovado pelo Conselho Diretor e posto em execução, como norma provisória, até sua homologação e aprovação pelas autoridades competentes, o que só ocorreu em 13/08/1970 pelo Decreto Lei n.º 67.047 e Decreto n.º 67.048.

Em 14 de novembro de 1972, na gestão do Reitor Cônego José de Ribamar Carvalho, foi inaugurada a primeira unidade do Campus do Bacanga, o prédio 'Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco'; a partir daí, a mudança da Universidade para o seu campus tornou-se irreversível. A história da Universidade Federal do Maranhão, suas relíquias e seus tesouros patrimoniais e arquitetônicos, estão devidamente catalogados e em exposição permanente no Memorial Cristo Rei, térreo da Reitoria, na Praça Gonçalves Dias.

O Palácio Cristo Rei (foto), sede da Reitoria da UFMA, um marco da arquitetura colonial de São Luís, foi construído em 1877. Seus primeiros proprietários pertenciam a uma tradicional família maranhense que, mais tarde, o doaram para o Clero, transformando-se na primeira sede da Diocese da capital maranhense, abrigando mais tarde a antiga Faculdade de Filosofia. Apesar de ter parte de sua estrutura destruída por um incêndio, em 1991, o Palácio Cristo Rei foi totalmente recuperado, sendo hoje um símbolo da antiga arquitetura maranhense.

A UFMA tem contribuído, de forma significativa, para o desenvolvimento do Estado do Maranhão, formando profissionais nas diferentes áreas de conhecimento em nível de graduação e pós-graduação, empreendendo pesquisas voltadas aos principais problemas do Estado e da Região, desenvolvendo atividades de extensão abrangendo ações de organização social, de produção e inovações tecnológicas, de capacitação de recursos humanos e de valorização da cultura.

PALÁCIO CRISTO REI "O GUARDIÃO DAS MEMÓRIAS DA UFMA". 
A entrada do Palácio é localizada pelo portão principal onde está localizada a escadaria que é feita de pedra de cantaria. A cantaria é uma pedra que foi trazida nas embarcações portuguesas, onde eram depositadas ao fundo das embarcações, também como mecanismo de estabilidade das mesmas. Teoricamente se especula que o nome das pedras denomina-se assim por conta da sua origem que remonta a Cidade Portuguesa de Cantaria; ou até mesmo teria levado esse nome em virtude da arte de talhar pedras cantando, costume habitual das talhadeiras de Portugal.
O Palácio Cristo Rei é um prédio histórico de estilo barroco que remonta ao Século XIX, construído pelo arquiteto Manoel José Pulgão e teve como primeiros moradores a célebre família Belfort. Em 1877, com o falecimento dos anteriores proprietários, os seus sobrinhos Eurico Luís Belfort e sua avó materna Dona Maria Amália dos Reis. Em 1900 foi vendido ao Vice Cônsul dos Estados Unidos da América Joaquim Baptiste do Prado, capitalista e bancário, que veio a suicidar-se por questões de dívida em 1908. Ficam de posse, sua esposa e sua mãe que acabam por leiloar o imóvel pela quantia de 37 contos de réis para a família Xavier de Carvalho. Em 1920, o Bispo Diocesano comprou o sobrado que passou a ser respectivamente, nos anos 30, a sede da Escola de Jesuítas, da Escola de Aprendizes marinheiros e da Escola Normal do Estado. Em 1953, tornar-se sede do Arcebispado, onde recebe a atual denominação de Palácio Cristo Rei. Posteriormente foi cedido a Fundação Paulo Ramos onde abrigou a Faculdade de Filosofia do Maranhão.

AS REFORMAS       
Posteriormente na década de 70, o imóvel é comprado da Arquidiocese, pela recém criada Fundação Universidade do Maranhão (FUM), na gestão do Reitor Josué Montello. Nesta mesma década o prédio passa por uma reforma, vindo então a abrigar a sede da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Após passar por nova reforma, autorizada pela primeira-dama do Estado do Maranhão, esposa do Ex-Governador Pedro Neiva de Santana, D. Eney de Santana, o prédio foi reinaugurado em 1973. Em 1985, na primeira gestão do reitor José Maria Cabral Marques, o prédio passou por uma nova reforma. Em 1992, passou por uma das reformas mais triunfais de sua história, que posteriormente vai ser comentada. Também ocorreram respectivamente em 2008-2009 reparos e adaptações correspondentes à gestão do atual Reitor Professor Natalino Salgado Filho.

O INCÊNDIO
Em 1991, o Palácio Cristo Rei passa por um dos momentos críticos quando foi consumido por um incêndio que destruiu parte de suas dependências. Assim foram destruídas todas as fontes documentais de extrema importância para a sistematização da história do ensino superior do Maranhão.
A UFMA consegue recursos, através do Ministério da Educação e Cultura, implementando uma reforma minuciosa no prédio. Em 21 de outubro de 1992, o Palácio Cristo Rei foi reinaugurado com uma estrutura arquitetônica fidedigna à anterior. Posteriormente, em 21 de outubro de 1993, foi inaugurado o Memorial Cristo Rei, após a conclusão dos trabalhos de uma comissão encabeçada pelo Reitor Aldy Melo de Araújo.


MEMORIAL CRISTO REI
O Memorial Cristo Rei, da Universidade Federal do Maranhão, foi pensado após um momento crítico pelo qual passou o Palácio Cristo Rei, quando em 1991, o prédio foi assolado por um incêndio que destruiu parte de suas dependências; assim como foram consumidas pelo fogo todas as fontes documentais de extrema importância para a sistematização da história do Ensino Superior do Maranhão (atas do Conselho Universitário, obras de arte, documentos administrativos, a hemeroteca da antiga Assessoria de Imprensa com notícias sobre a UFMA, mobiliários, equipamentos, entre outros).

Essa tragédia ainda hoje está marcada na minha memória, pelo fato de eu ter presenciado o incêndio desde o momento quando ele iniciou. Estava no meu ambiente de trabalho, a Assessoria de Planejamento da Informação Técnico-Administrativa, da antiga SEPLAN, que funcionava no Palácio Cristo Rei, atualmente se transformou na Pró-Reitoria de Gestão e Finanças, às 8h40 quando senti um cheiro de queimado e as lâmpadas da Sala se apagaram. Abri a porta e escuto um grito: Gente, o Palácio Cristo Rei está pegando fogo! De imediato, peguei a minha bolsa e sai correndo para a Praça Gonçalves Dias quando olhei os fios pipocando no Jardim. Fiquei atônita. Logo olhei uma multidão formada por funcionários da UFMA, o Reitor Jerônimo Pinheiro e curiosos. Não me contive. As lágrimas escorregavam no meu rosto e de todos. Diante do fato a única coisa a fazer naquele momento era esperar o Corpo de Bombeiro debater o incêndio. Mas, infelizmente os Bombeiros não chegaram a tempo para conter o fogo. As chamas levaram a memória da nossa Universidade. Apenas sobraram resquícios de documentos (Depoimento de Clores Holanda, Administradora do Palácio Cristo Rei.).

Apesar desse sinistro, o então Reitor, Prof. Jerônimo Pinheiro elegeu como uma de suas principais metas da sua administração, interceder junto ao Ministério da Educação e Cultura e a UNESCO para a liberação de recursos visando à recuperação da estrutura física do Palácio Cristo Rei. Sendo assim, ele conseguiu esses recursos e implementou uma reforma minuciosa no prédio, reinaugurando-o em 21 de outubro de 1992. Quanto à recuperação dos documentos foi criada através da Portaria GR nº. 308/92-MR, na gestão do Reitor Aldy Mello de Araújo, a Comissão do Memorial da Universidade Federal do Maranhão para Elaborar o Plano de Trabalho para a Organização do Memorial, que teve como objetivo reunir documentos e objetos considerados importantes para a história da UFMA. Concluído o trabalho da Comissão foi inaugurado no dia 21 de outubro de 1993, no piso térreo do prédio, o Memorial Cristo Rei, da Universidade Federal do Maranhão, somente institucionalizado em 1996 pela Resolução nº. 02/96-CONSUN, de 30 de abril de 1996, integrando-o ao Gabinete do Reitor tendo como um de seus principais objetivos resgatar, preservar e difundir a história da nossa Instituição, retratando a evolução do ensino superior no Maranhão, desde a criação das Faculdades Isoladas com a federalização da UFMA até os dias atuais.

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Facebook Themes